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  • Ainda sob o “efeito da Copa”, Marrocos vence seleção brasileira e faz a festa
    Ainda sob a euforia de ter conquistado a quarta colocação na Copa do Catar – feito inédito para uma seleção africana e árabe, o Marrocos parece ter decidido estender a festa em seu país. A equipe venceu o amistoso contra a seleção brasileira, por 2 a 1, neste sábado (25) à noite, na cidade de Tânger, na primeira partida dos dois times após o Mundial. Por Tiago Leme, correspondente da RFI em Tânger Com a mesma base da Copa, os marroquinos fizeram valer o bom entrosamento e mostraram força diante de um Brasil com muitas modificações, que passa por uma fase de transição, com caras novas e o técnico interino Ramon Menezes, após a saída de Tite. Boufal abriu o placar aos 28 minutos no primeiro tempo, aproveitando o vacilo de Emerson Royal. Após o intervalo, Casemiro chutou de fora da área para empatar, aos 21 minutos, aproveitando a falha do goleiro Bono. Mas aos 33 da segunda etapa, Sabiri fez o gol da vitória marroquina, levando ao delírio os 65 mil torcedores que lotaram o estádio Ibn Batouta. Muita festa nas arquibancadas e gritos de “olé”. Apesar da derrota, Ramon viu coisas positivas no amistoso e destacou a qualidade do adversário. “Foi uma semana muito boa de trabalho, eu falei isso com os jogadores. É lógico que não foi o resultado que nós esperávamos, ainda mais se tratando de seleção brasileira. Mas jogamos contra uma grande equipe. Demos oportunidades para alguns jogadores, isso também é muito importante. Tivemos um pouco de dificuldade no começo do jogo, isso era até esperado. No segundo tempo tivemos mais chances de gol”, declarou o treinador. Gol anulado O Brasil até teve boas chances no jogo. Vinicius Júnior teve um gol anulado por impedimento no primeiro tempo. Enquanto Rony, do Palmeiras, e Rodrygo, do Real Madrid, erraram o alvo. No segundo tempo, Ramon fez cinco substituições, dando chances para Raphael Veiga, Vitor Roque, Yuri Alberto e Arthur também estrearem na seleção, além de colocar Antony em campo. Mas, com o apito final, o Marrocos conseguiu sua primeira vitória histórica contra o Brasil, depois de três confrontos. Uma das surpresas na convocação, o atacante Rony se mostrou feliz com sua estreia pela seleção brasileira, e logo como titular. “Nos preparamos para ter essa oportunidade no momento certo, na hora certa. E quando a oportunidade aparecer, você tem que estar preparado. Então, eu acredito que eu me senti muito à vontade, porque foi uma recepção muito boa dos jogadores que já estavam aqui, que já tem certas convocações. Eu me senti em casa, parece que eu estava no Palmeiras. Eu fiquei muito feliz por ter realizado este sonho de criança. É lógico que a gente tem que continuar trabalhando, para quando tiver outra oportunidade voltar aqui e representar o nosso Brasil, que é sempre bom estar vestindo a camisa da seleção. Mas estou muito feliz pela estreia, pelo jogo, faltou só um pouquinho de capricho ali”, afirmou o palmeirense. Camisa 5 vezes campeã Um dos dez atletas convocados pela primeira vez, o meia Raphael Veiga também analisou sua atuação e o desempenho da equipe. “É lógico que existe uma responsabilidade muito grande, você vestir uma camisa que é cinco vezes campeã do mundo tem um peso muito grande. Por ser a minha primeira vez, a questão de entrosamento em alguns determinados lances não é a mesma coisa do que eu estou acostumado no Palmeiras. Mas isso mostra para mim que eu aprendo muito com eles aqui, é uma semana de trabalho que eu valorizo muito para a minha carreira, aprendi muito com todos. E isso só faz com que eu queira voltar ainda mais, trabalhar ainda mais no Palmeiras, continuar fazendo o que eu tenho feito, ganhar títulos, ser decisivo e trabalhar ainda mais, porque eu quero voltar”, disse Veiga. O Brasil volta a campo para mais um amistoso apenas na primeira quinzena de junho, ainda sem adversário definido. Até lá, a CBF espera já ter acertado a contratação de um novo treinador. O grande sonho da confederação é o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid. A estreia nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 será em setembro contra a Bolívia. Ficha técnica Marrocos 2 x Brasil 1 Marrocos: Bono, Hakimi (Attyiat Allah), Saiss, Aguerd e Mazraoui; Amrabat, Ounahi (Sabiri) e El Khannouss (Louza); Ziyech, Boufal (Ezzalzouli) e En-Nesyri (Cheddira) Técnico: Walid Regragui. Brasil: Weverton, Emerson Royal, Éder Militão, Ibañez e Alex Telles; Casemiro e Andrey Santos (Raphael Veiga); Rony (Antony), Lucas Paquetá (Yuri Alberto), Vinicius Jr e Rodrygo (Vitor Roque). Técnico: Ramon Menezes. Cartões amarelos: El Khannous e Amrabat (MAR) e Rony (BRA).
    3/26/2023
    7:51
  • Resultados do Brasil em campeonatos mundiais dão esperança de medalhas em Paris-2024
    Na semana que marcou os 500 dias para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, a RFI Brasil analisa como está a preparação dos atletas brasileiros para o evento. E os resultados obtidos em capeonatos mundiais são motivo de otimismo. A reportagem também esteve em Saint-Ouen, município localizado ao norte da capital francesa e que será "a casa do Brasil" durante a olimpíada.   Maria Paula Carvalho, da RFI Olhando para o ano de 2022, os atletas que representam o Comitê Olímpico do Brasil (COB) tiveram um desempenho vitorioso e repleto de conquistas importantes nas principais competições do calendário internacional. A conta inclui sete medalhas de ouro, seis de prata e dez de bronze. A modalidade em que os brasileiros mais subiram ao pódio foi o judô. Um rendimento superior ao registrado nos Jogos Olímpicos do Japão-2020, quando o país obteve 21 medalhas no quadro geral. Ney Wilson, diretor de Esporte de Alto Rendimento do COB, avalia as chances do Brasil em conquistar medalhas em Paris. "Estamos trabalhando bastante nesse sentido. O parâmetro para a gente entender se está melhorando e se a preparação está boa são as medalhas em provas olímpicas em campeonatos mundiais, em anos que não tenha Jogos Olímpicos", explica. "Então, no ano passado, a gente teve uma evolução. Alcançamos 23 medalhas em campeonatos mundiais em provas olímpicas. O que se fosse um quadro de medalhas de Jogos Olímpicos, nos colocaria uma posição à frente do que nós alcançamos em Tóquio. Então, mostra uma evolução que gera uma confiança no trabalho que estamos desenvolvendo", afirma. Até o momento, o Brasil tem 19 atletas com vagas conquistadas para participarem dos Jogos de Paris-2024, mas na maioria das modalidades, as vagas ainda estão em disputa. Wilson revela que o objetivo do COB é alcançar uma delegação composta de 350 atletas classificados.  Medalhalhista de bronze dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, em 2018, Sandy Macedo sonha estar em Paris competindo no taekowndo feminino. "Olimpíada tem muitas formas de se classificar, a mais tradicional é pelo ranking olímpico. Este ano tem muitas competições importantes, tem competição que dá vaga direta para a olimpíada, eu vou tentar participar delas e estamos trabalhando muito duro, mas eu estou bem esperançosa”, ela afirma. A atleta, de 21 anos, participou de um treino, na terça-feira (14), no ginásio das Docas, em Saint-Ouen, ao norte de Paris. "É emocionante poder estar na sede dos Jogos Olímpicos, acompanhar toda a estrutura que eles estão construindo, é legal porque você se motiva a trabalhar mais duro e, quem sabe, ano que vem estar aqui presente", acrescenta. Parceria olímpica O time juvenil de taekowdo do Brasil teve um encontro com alunos de uma escola local. As crianças puderam participar de uma atividade no tatame e aprender alguns golpes com os atletas brasileiros. Para o prefeito de Saint-Ouen sur Seine, cidade de quase 50 mil habitantes, o mais importante é destacar os valores olímpicos. “Saint-Ouen será a cidade que receberá a delegação do Brasil e nós estamos orgulhosos. É um grande momento”, diz Karim Bouamrane. O prefeito diz estar orgulhoso da parceira com o COB. "O Brasil é uma das maiores nações esportivas do mundo, uma das maiores nações culturais do mundo e, com a Amazônia, faz parte do pulmão da humanidade. Eles sempre foram precursores em nível cultural, esportivo e social, com muitos combates políticos convergentes entre Saint-Ouen e o Brasil. E, sobretudo, os valores que são portados pela delegação olímpica do Brasil, a generosidade, humildade, o calor humano, a benevolência, que queremos compartilhar com nossas crianças, é por isso que, para nós, é muito importante", conclui. Situado no departamento de Seine-Saint-Denis, Saint-Ouen fica a 600 metros da futura vila olímpica. Desde agosto do ano passado, o Comitê Olímpico do Brasil vem testando as instalações. A seleção masculina de vôlei foi a primeira a treinar nessa base do Brasil, a pouco mais de 6 km da capital francesa.   Além do Ginásio e do Parque das Docas, a delegação do Brasil também terá à sua disposição uma escola, uma sala de convenções e o Château de Saint-Ouen. O presidente do COB, Paulo Wanderley, avalia que a maior parte do trabalho de preparação já foi feita. “Aqui estarão nossos atletas, estamos próximos a vila olímpica, o que é um facilitador, e os atletas receberão os principais serviços de atendimento médico, nutricionistas psicólogos e de fisioterapia dos profissionais da saúde e que cuidam deles no Brasil. Então eles terão serviços na vila olímpica, mas com mais facilidade e mais conforto aqui na nossa base”, explica.  Venda de ingressos Na semana passada, também começou a segunda fase da venda de ingressos para os Jogos Paris-2024. Uma nova inscrição, com sorteio, está aberta até 20 de abril. "Todas as sessões estão abertas para venda, seja de competições esportivas, seja de cerimônias de abertura e encerramento", explica o presidente do Comitê Organizador Paris-2024, Tony Estanguet. "São 1,5 milhão ingressos à venda, podemos dizer apenas isso, mas é importante para Paris-2024 regular o número de bilhetes à venda, tendo em vista o sucesso da primeira fase de vendas. Há ingressos de € 24 em todas as disciplinas, é importante salientar. E também ingressos para as grandes finais", completa.  O governo francês destaca os transportes, a segurança e o orçamento como os maiores desafios dos Jogos Olímpicos Paris-2024. O presidente Emmanuel Macron lançou um apelo à mobilização. "Eu lanço uma mobilização geral, os próximos 500 dias serão fundamentais. Teremos talvez crises, temos que nos preparar para o risco de ataques cibernéticos, devemos nos preparar para o pior para que tudo saia perfeito. Continuem firmes," ele pediu.   Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, a cerimônia de abertura será realizada fora de um estádio. Paris quer oferecer ao mundo um espetáculo grandioso e inédito, com um desfile de barcos no Sena, na noite de 26 de julho de 2024.
    3/19/2023
    7:57
  • Brasileiros do Nantes estão confiantes para a conquista da Copa da França
    O Nantes, time do oeste da França, luta para se distanciar da zona de rebaixamento no campeonato francês. Mas, na Copa da França, a equipe já está na semifinal e espera manter seu título na competição, e para isso conta com dois zagueiros brasileiros no elenco. Um deles é João Victor, zagueiro central que chegou ao Nantes, vindo por empréstimo, mas sem opção de compra, junto ao Benfica. No time português, o zagueiro central, ex-Corinthians, jogou pouco. Foram apenas três jogos na temporada, marcada pela chegada a Portugal com uma lesão no tornozelo que o deixou vários meses afastado dos gramados. “No meu último jogo conta o Corinthians, me machuquei e fiquei parado quatro meses. Até me recuperar, perdi espaço. E até me adaptar e voltar a ter confiança, levou um tempo”, lembra.   O empréstimo para o Nantes foi a solução para o jogador. “Foi uma proposta boa, é uma liga importante e com muita visibilidade. Isso fez com que eu escolhesse vir para cá. É um futebol difícil, com muita qualidade para estar jogando. Espero ter oportunidade para mostrar meu futebol”, diz o atleta de 24 anos que disse ter recusado propostas de voltar ao futebol brasileiro. João Victor aguarda impaciente mais oportunidades para jogar. Atualmente está na reserva e tem tido poucas chances de atuar, como no segundo tempo na derrota de 4 a 2 para o PSG, no estádio Parque dos Príncipes. Ele pretende ganhar espaço e conta com o ambiente favorável no clube, principalmente com a possibilidade de conquistar pelo segundo ano consecutivo a Copa da França. "O espírito está muito positivo. Pegaremos o Lyon, mas sabemos que temos muitas qualidades. É apenas um jogo, onde podem acontecer várias coisas e sabemos que podemos sair vitoriosos”, avalia. Apesar das poucas atuações tanto no Benfica quanto no Nantes, o zagueiro já consegue estabelecer comparações com o futebol brasileiro.  “O futebol europeu é muito mais complicado que o brasileiro, que é muito mais tranquilo apesar da competitividade. Aqui você tem que treinar muito taticamente, tecnicamente, fazer complementos individuais para você evoluir. A força física também é muito importante, no Brasil é um pouco menos. E ainda aqui jogamos contra os melhores do mundo”, diz o atleta.   Girotto: titular e um dos capitães do Nantes João Victor foi acolhido no Nantes por outro brasileiro, Andrei Girotto, que joga a sexta temporada pelo time francês. O gaúcho, de 31 anos, foi contratado junto à Chapecoense como volante, virou zagueiro por opção de um ex-treinador do Nantes e depois de vários anos se sente totalmente adaptado à posição. Como um dos mais experientes da equipe, ele se tornou um dos capitães do clube. Atualmente na 14ª posição na tabela do campeonato francês, com 28 pontos, a equipe tem como objetivo se distanciar da zona de rebaixamento. “Nos próximos jogos, temos que somar pontos para distanciar ainda mais dessa zona. Nosso objetivo é ficar na Ligue 1”, diz o zagueiro, em referência à primeira divisão do futebol francês. Mas a grande ambição da temporada é defender o título de campeão da Copa da França. Na temporada passada, o Nantes ergueu o troféu, quebrando um jejum de 22 anos sem títulos. Após passar por equipes como Angers e Lens, o time enfrenta na semifinal o Lyon, em casa, no dia 5 de abril. “Estou muito feliz por estar revivendo uma semifinal. Sabemos que tem grandes equipes e chegamos a um passo da final. O bom é que recebemos o Lyon em casa, junto da nossa torcida e isso nos dá ainda mais forças para tentarmos essa vaga na final”, diz. “No ano passado, já conquistamos o título e já estamos com essa experiência de Copa, por isso o sucesso também este ano”, acrescenta. A conquista da Copa da França garante à equipe uma vaga automática na Liga Europa, competição na qual o clube voltou a atuar com as potências médias do futebol europeu. O time francês acabou eliminado pela Juventus em casa por 3 a 0, após um empate de 1 a 1 em Turim.     A presença em uma grande competição europeia gera entusiasmo no zagueiro brasileiro de continuar na equipe francesa. “Para mim, está sendo a sexta temporada, então já estou com esperança da Ligue 1, e agora feliz de ter feito essa Liga Europa. Mas estou feliz em Nantes. Estou feliz com o Campeonato Francês com jogos importantes, mas eu acho que ano que vem a gente tem que tentar buscar um algo a mais”, diz, esperançoso. Andrei Girotto ainda tem contrato com o clube até 2024, e ainda não começou a discutir uma eventual renovação. "Não sei o clube vai querer renovar ou não. Vou aguardar, ainda não estou pensando nisso", afirma..
    3/12/2023
    6:19
  • Qual o futuro da Federação Francesa de Futebol depois de escândalos envolvendo seu presidente?
    Depois de bater na trave na conquista do título na Copa do Mundo do Catar, a França enfrenta agora uma outra polêmica que movimenta o mundo do futebol. Uma auditoria instalada junto à Federação Francesa de Futebol (FFF) revelou uma série de escândalos envolvendo seu presidente, lançando algumas incertezas sobre o futuro da instituição. Por Andréia Gomes Durão, da RFI “Quanto ao presidente Noël Le Graët, pelas irregularidades analisadas em termos de gestão, pelas suas declarações públicas, pelo seu comportamento gravemente inadequado com as mulheres, falhas acentuadas pelo consumo excessivo de álcool, eu só posso endossar a conclusão do relatório. Ele não tem mais a legitimidade necessária para administrar e representar o futebol francês nessas circunstâncias.” Com essas declarações, a ministra francesa do Esporte, Amélie Oudéa-Castéra, revelou a conclusão do relatório da auditoria que coloca o presidente da FFF, Noël Le Graët, no epicentro de uma grave crise da federação, o que inclui acusações de assédio moral e sexual contra ele. Afastado do cargo desde 11 de janeiro, ainda durante o curso das apurações na instituição, Le Graët alega que estaria sendo vítima de um complô político e midiático. E acabou decidindo renunciar à liderança da instituição na última terça-feira (28). A figura de Le Graët é controversa. Ao mesmo tempo em que é alvo das denúncias de assédio e de centralizar o poder da federação em suas mãos, este bretão de 81 anos, à frente da chamada 3Fs desde 2011, tem a seu favor a reputação de ter turbinado o futebol francês e sua economia. Sob sua gestão, os Bleus conquistaram 11 títulos, inclusive uma Copa do Mundo, em 2018. E a federação alcançou um orçamento recorde de € 274 milhões. Um desempenho saudado pelo comitê executivo (Comex) da instituição, curiosamente formado por apoiadores de Le Graët. “A razão prevaleceu. O presidente, como esperado, renunciou. Foi extremamente comovente e todos nós ficamos muito tristes porque, obviamente, não é apenas um momento histórico, mas emocionalmente muito forte para todos. Agradecemos ao presidente pelo desempenho excepcional e pelo grande líder do futebol francês que ele foi”, declarou Eric Borghini, integrando do Comex, ao confirmar a renúncia do presidente no início desta semana. Da FFF para a Fifa Mas o anúncio da demissão não foi o único abalo recente promovido por Le Graët nesta polêmica. Tudo indica que o agora ex-presidente da Federação Francesa de Futebol irá “cair para cima”, quer dizer, ele deixa a federação nacional com a perspectiva de assumir o anexo parisiense da Federação Internacional de Futebol (Fifa). E será o braço direito em Paris do presidente da entidade, Gianni Infantino. Para completar a série de decisões polêmicas, Le Graët também declarou, esta semana, que irá entrar com um recurso para contestar a auditoria na FFF, além de apresentar uma acusação contra a ministra do Esporte por difamação. Levar o caso para o “lado pessoal” gerou uma forte reação de Amélie Oudéa-Castéra, que insiste que os desdobramentos deste processo se baseiam exclusivamente na conclusão do relatório, como ela declarou à rádio RTL. “Durante a coletiva de imprensa eu apenas reproduzi os comentários da conclusão do relatório da Inspeção de Esporte. O documento relata comentários e mensagens de texto feitos por Le Graët, ambíguos para alguns, mas de caráter claramente sexual para outros. Esta é a linha do relatório, eu apenas citei o que reflete com precisão o trabalho que fizemos. É um trabalho de denúncia ao Ministério Público sem qualificarmos os fatos, pois não cabe a nós fazer isso.” Mudanças profundas A ministra também insiste que as informações reveladas pelo relatório têm consequências muito mais graves do que as acusações que recaem sobre Le Graët, e que pesam sobre uma importante instituição francesa, sobre todas as pessoas e clubes envolvidos, além de comprometer a própria imagem da França. “Esses incidentes também prejudicam a imagem do nosso país. Acho que ofendem os franceses. Estamos em um momento que considero crítico para o futuro desta federação, e Le Graët simplesmente não está à altura do que merece esta grande federação com 2 milhões de participantes e 15 mil clubes”, revelou durante uma entrevista. Oudéa-Castéra não é a única a enxergar a dimensão das profundas mudanças que as informações reveladas por essa auditoria podem promover na Federação Francesa de Futebol. O crítico e comentarista Jean-Philippe Bouchard, da Radio Foot, da RFI, declarou que o relatório evidencia que a instituição precisa passar por grandes modificações estruturais. “A Federação Francesa não poderá deixar de se questionar sobre as disputas de poder dentro da instituição e a forma como é dirigida. Não é mais possível ter alguém que nomeie seu próprio comitê executivo com pessoas que são leais a ele e que votarão como ele. Haverá, então, necessidade de diferentes posições, de transparência. Vai ser um grande trabalho a ser feito. A sorte é que a federação apresenta bons resultados financeiros. Este é o legado de Le Graët, de certa forma, as seleções que funcionaram bem. O que evitará acrescentar mais crise à crise.” Muita bola ainda vai rolar, pelo menos até 10 junho, quando uma assembleia geral irá escolher o novo presidente da federação, que deve ocupar o cargo até dezembro de 2024, quando se encerraria o mandato de Le Graët. O posto desde então é ocupado pelo presidente interino Philippe Diallo.
    3/5/2023
    6:54
  • Paris 2024: COI é críticado ao defender participação de atletas russos com bandeira neutra
    No momento em que a guerra na Ucrânia completa um ano, uma espinhosa questão voltou à tona nas últimas semanas: os atletas russos e bielorrussos devem participar dos Jogos de Paris, em 2024?   Em um comunicado divulgado na quarta-feira (22), o Comitê Olímpico Internacional (COI) declarou que os Jogos Olímpicos não podem ser “fonte de divisão e de exclusão de atletas”, defendendo seu projeto de permitir a participação de atletas russos e bielorrussos na Olimpíada de 2024, apesar da invasão da Ucrânia pela Rússia, com o apoio de Belarus. Na mensagem, intitulada Guerra na Ucrânia, um ano depois, o COI reitera sua solidariedade ao povo ucraniano diante de uma guerra que considera “cruel”, em que “a dor e o sofrimento vão além da imaginação”. O texto também menciona o apelo à paz e diz que o COI está pronto a dar sua “modesta contribuição a todo esforço para edificar a paz”. O comitê lembrou que, em fevereiro de 2022, após o início da guerra, adotou sanções contra a Rússia e Belarus, como a exclusão de atletas e do uso de símbolos dos dois países em eventos esportivos internacionais. A medida ainda está em vigor, lembra a entidade, que está no centro de uma avalanche de críticas ao sinalizar com a possibilidade de os esportistas russos e bielorrussos poderem competir com bandeira neutra. No início da semana, um grupo de 30 países, incluindo a França, país-sede da Olimpíada de 2024, enviou ao Comitê Olímpico Internacional uma carta pedindo maior esclarecimento sobre os critérios de neutralidade da entidade. “O problema para o COI hoje é que, há cerca de um ano, o comitê saiu de sua posição apolítica, tomou uma postura política contra a Rússia, e hoje está finalmente tentando se despolitizar novamente. No entanto, vemos que é tarde demais. Finalmente ficou claro para todos que o esporte é de fato político e que o COI toma decisões políticas”, afirma Lukas Aubin, especialista de geopolítica do esporte em entrevista à RFI. Não se pode ficar "neutro" Vozes de peso se somam às críticas contra o Comitê Olímpico, como a do prefeito de Kiev, Vitali Klitschko. Ex-campeão olímpico de boxe, ele estima que não se pode ficar “neutro” diante das mortes na guerra. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em entrevista à rádio francesa Franceinfo, há duas semanas, também mostrou toda sua oposição à opção ventilada pelo COI de autorizar atletas russos a competir com bandeira neutra. "Eu não sou favorável a essa opção. Não devemos permitir o desfile de um país que está agredindo um outro e fingir que não estamos vendo nada. Eu não sou a favor de ter uma delegação russa nos Jogos de Paris”, ela declarou. Questionada se o Comitê Olímpico deveria permitir a vinda dos russos e bielorrussos a Paris em 2024, ela retrucou: “Neste caso eu não concordarei com essa posição e vou me posicionar, mas ainda temos tempo pela frente antes de decidir”. O Comitê Olímpico Internacional é quem tem a prerrogativa de tomar decisões sobre os eventos que organiza, mas não deixa de estar em uma posição delicada, pois o esporte para o presidente russo também é um instrumento político. “Toda a problemática atual da participarão ou não dos atletas russos sob uma bandeira neutra nos Jogos de Paris 2024 está ligada ao fato de que, para Vladimir Putin, o esporte é essencialmente político”, afirma Aubin, autor do livro “La Sportokratura sous Vladimir Putin". “Desde que chegou ao poder no final de 1999 e início de 2000, ele fez do esporte uma arma política, como na era soviética, como durante a Guerra Fria e como no esporte entre os Estados Unidos e a URSS. E os atletas, embora obviamente cada um tenha seus próprios interesses políticos, sua própria postura, etc., em geral, eles são usados pelo regime russo para promover seus interesses e espalhar a influência da Rússia internacionalmente”, acrescenta o autor. Recorrer ao Tribunal O governo da Rússia já sinalizou que, se o país for impedido de participar de competições como a Olimpíada, vai recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte. Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já acenou com a possibilidade de boicotar Paris 2024 caso atletas russos e bielorrussos possam participar das competições. O presidente do COI, Thomas Bach, pediu que o líder ucraniano retire essa ameaça. Os desdobramentos da guerra é que deverão definir as decisões a serem tomadas, o que pode demorar semanas ou até meses, mas enquanto isso, os diferentes protagonistas vão continuar exercendo pressão uns sobre os outros. “Hoje, observamos que há muita pressão envolvendo muitos países ocidentais, com a Ucrânia na liderança, claro. Por outro lado, temos o COI, que está tentando encontrar uma solução para respeitar sua posição apolítica original, evitando um boicote da Ucrânia. Na realidade, há uma espécie de atitude de espera e observação no momento do processo decisório, que está ligada em particular ao fato de que a situação na Ucrânia é atualmente muito instável e que não sabemos o que pode acontecer nas próximas semanas ou meses. Há muitos cenários possíveis”, conclui o especialista.
    2/26/2023
    5:54

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